O trabalho da professora Hidenildes Pinto Alves Leite, idealizadora e presidente do projeto Hand Max (Handebol para todos), foi fundamental na vida da estudante Jhemylle da Silva Sales, que concluiu o ensino médio no Centro de Ensino Médio Tiradentes, em Palmas, e foi aprovada em 3º lugar, no curso de Engenharia Civil, pela Universidade Federal do Tocantins (UFT).
Jhemylle treina Handebol desde o 5º ano do ensino fundamental e durante a pandemia a estudante estava sem treinar e foi por intermédio de amigos que ela conheceu o projeto Hand Max. “A professora surgiu em minha vida por meio do projeto e gostei muito da forma como ela treinava. Ela se importava conosco, não só na quadra, se interessava por saber se estávamos bem ou não e me ajudou em muitos sentidos. O esporte para mim é uma forma de diversão, de desestressar, para me comunicar, nunca pensei no Handebol como profissão”, explicou.
Por meio do esporte, a treinadora Hidenildes ajudou na formação de muitos estudantes e incentivou que eles tivessem mais interesse pela escola. “Trabalhamos com valores, regras de convivência, saber acolher e participar independente da idade. O nosso principal ensinamento é compartilhar. Os que têm podem ajudar de boa vontade os que necessitam. Muitas vezes trabalhamos com a família, e a estudante Jhemylle foi destaque dentro e fora da quadra”, contou.
O projeto Hand Max é uma associação sócio-esportiva que utiliza o Handebol como ferramenta de transformação na vida dos participantes, atualmente conta com 63 atletas. A associação atende de forma gratuita. Hidenildes tem dois filhos, tem formação em Pedagogia e Educação Física. Para ela, ser mulher significa ser determinada, aguerrida, inquieta e forte.
E entre os estudantes que passaram pelo Hand Max, está Isadora Ribeiro, 16 anos, do Colégio Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso, que foi destaque nos Jogos Estudantis do Tocantins, e representou o Tocantins nos Jogos da Juventude, realizado em Ribeirão Preto (SP), em setembro do ano passado. Isadora conseguiu um resultado tão bom que foi indicada para jogar num time em Maringá, no Paraná. “O Handebol me faz sentir viva, foi através dele que percebi que sou capaz de qualquer coisa, que consigo alcançar metas e que consigo ser o que eu sou”, ressaltou.
Outro aluno destaque no projeto é Rodrigo, 14 anos, que também foi indicado para treinar em Maringá. Ele era estudante da Escola Municipal Margarida Lemos. “Para mim, o Handebol significa um centro de amor e de paz que me faz esquecer tudo que é ruim em minha vida. É um esporte que me traz alegria, força de vontade e lapida o meu caráter”, frisou.
Hidenildes explicou como foi o processo de escolha dos dois estudantes. “A professora da equipe de Maringá me procurou e pediu indicação de atletas que fossem destaques na quadra, na escola e em casa, ou seja, além da quadra, portanto indicamos Isadora e o Rodrigo”, ressaltou.
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