Energia elétrica desviada no Tocantins poderia atender mais de 7,5 mil casas por um ano

Durante o primeiro semestre deste ano, foram realizadas 22 mil inspeções com foco no combate às ligações clandestinas no Tocantins, o que possibilitou a redução de 32% no volume de energia furtada quando comparada com o mesmo período de 2021. No primeiro semestre do ano passado, a energia furtada tinha chegado em 25.689 MWh. Com as ações realizadas este ano, o número caiu para 17.561 MW, o que demonstra eficácia nas ações, que são realizadas pela Polícia Civil, Polícia Militar, Delegacia de Repressão de Crimes Praticados contra Concessionárias Prestadoras de Serviços Públicos (DRCSP) e Energisa. 

Mesmo com a intensificação das ações, o volume de energia desviada entre janeiro e junho de 2022 no Tocantins, seria suficiente para manter mais de 7,5 mil residências com fornecimento constante por um ano. Número este equivalente a um município como Formoso do Araguaia, por um ano.

Ainda comparado com mesmo período de 2021, houve um aumento de 21% na quantidade das inspeções, que são realizadas entre Polícia e Energisa. “Esse reforço na fiscalização possibilitou não apenas a identificação do furto, mas contribuiu para que parte dessa energia fosse recuperada”, explica o coordenador de Medição e Combate a Perdas, Ricardo Pedrosa de Brito.

Segundo Brito, cerca de 2.636 MWh de energia elétrica foram recuperadas nos primeiros seis meses do ano, após mapeamento do centro de inteligência de combate a perdas e ações realizadas com apoio das polícias Civil e Militar. As cidades com maior volume de energia recuperada foram Palmas, Lagoa da Confusão e Araguaína totalizando 45% do montante.

O furto de energia é crime, previsto no Código Penal, no art. 155 e art. 171, com pena de até quatro anos de reclusão e multa. “Além disso, o desvio de energia coloca a vida das pessoas em risco, pois essas ligações podem provocar não só a queima de equipamentos, mas também curtos-circuitos e incêndios”, afirma o coordenador. Ao sobrecarregar a rede de distribuição, a ligação clandestina pode resultar em oscilações e falta de energia, já que a rede elétrica é planejada para atender os clientes regulares e cadastrados nos sistemas da companhia. “É importante reforçar que o furto de energia também prejudica os demais clientes, pois a energia desviada sobrecarrega a rede, provocando quedas ou oscilações de energia e queima de transformadores, por exemplo”, explica o engenheiro.

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