A exposição à fumaça de queimadas durante a gravidez aumenta o risco de um bebê nascer prematuramente, sugere um novo estudo da Universidade de Stanford. Em tempos de clima seco e com o aumento de incêndios e queimadas pelo país, o alerta ganha ainda mais relevância.
O estudo, publicado em 14 de agosto na Environmental Research, concluiu que pode ter havido até 7.000 nascimentos prematuros extras na Califórnia, atribuídos à exposição à fumaça de incêndio florestal entre 2007 e 2012.
No Tocantins as queimadas se intensificam durante o período de estiagem, principalmente nos meses de agosto e setembro. O calor, a baixa umidade e o vento forte facilitam a propagação do fogo. De janeiro a julho, foram 3.683 focos de calor. Os dados apontam que esse número é 16% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado: 3.159.
Por que queimadas prejudicam a saúde?
A saúde humana é afetada pelas queimadas porque a fumaça proveniente dela contém diversos elementos tóxicos.
O mais perigoso é o material particulado, formado por uma mistura de compostos químicos. São partículas de vários tamanhos e, as menores (finas ou ultrafinas), ao serem inaladas, percorrem todo o sistema respiratório e conseguem transpor a barreira epitelial (a pele que reveste os órgãos internos), atingindo os alvéolos pulmonares durante as trocas gasosas e chegando até a corrente sanguínea.
Outro composto prejudicial é monóxido de carbono (CO). Quando inalado, ele também atinge o sangue, onde se liga à hemoglobina, o que impede o transporte de oxigênio para células e tecidos do corpo.
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