Tocantins destina fêmeas de primatas não-humanos ao Parque Zoobotânico Vale dos Carajás

O Centro de Fauna do Tocantins (Cefau) do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) realizou nesta quarta-feira, 27, o translado de duas fêmeas primatas, de nome científico Alouatta belzebul, espécie conhecida popularmente como bugio-de-mãos-ruivas ou guariba, que foram recebidas no Parque Zoobotânico Vale localizado na Unidade de Conservação Floresta Nacional de Carajás, no estado do Pará.

O médico veterinário, responsável técnico da clínica veterinária do Cefau, Gabriel Rocha Freitas de Campos, conta que a primeira fêmea da espécie veio do antigo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras) de Araguaína, mas como são animais de convivência em grupo, em seguida, a unidade recebeu outro exemplar, vindo do estado de Goiás, para fazer companhia para a primeira. Ambas foram oriundas de resgate em residências humanas onde eram criadas ilegalmente.

“Desde a chegada do primeiro exemplar, mantivemos as condições indispensáveis para a preservação da espécie, que se encontra ameaçada de extinção. Mas esses animais são de bioma amazônico e a gente precisava destinar eles para um local com maior semelhança a este ecossistema. Então tomamos as providências necessárias para destinar esses animais ao Parque Zoobotânico Vale, que possui mais proximidade do bioma favorável ao desenvolvimento da espécie”, esclarece Gabriel Rocha Freitas de Campos.

De acordo com o gerente Jorge Leonam Barbosa, da Gerência de Pesquisa e Informações da Biodiversidade, foram seguidos todos os trâmites legais para a destinação das bugios-de-mãos-ruivas, com parecer favorável do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e  recomendação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), do Instituto Chico Mende de Conservação da Biodiversidade. (ICMBio). “No seu novo destino as bugios estarão protegidas contra possíveis ameaças e terão a oportunidade de viver em grupo novamente. O Naturatins cumpre sua missão, buscando as melhores soluções para proteger a fauna silvestre assistida no Cefau”, esclarece o gerente.

Até o momento da destinação desses exemplares para o Parque, o Cefau hospedou a espécie por um período de três anos e nesse intervalo promoveu o manejo e a ambientação da espécie para retorno ao convívio em grupo.

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