Com o lançamento dos editas da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) no Tocantins, a parceria estabelecida pelo Governo do Estado, via Secretaria da Cultura (Secult), com as principais instituições públicas de ensino que atuam no estado, já possibilitou, em sua primeira semana, que as equipes de busca ativa por fazedores de cultura percorressem comunidades quilombolas e aldeias indígenas em 15 municípios, atividade que já impactou fazedores de cultura nas regiões norte, sul, sudeste e central do Tocantins.
As equipes que trabalham em campo são coordenadas pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), através do projeto de extensão “Transformando Conhecimento em Inovação: cultura, memória e arte”, desenvolvido pela Pró-Reitoria de Extensão e pelo Observatório de Pesquisas Aplicadas ao Jornalismo e ao Ensino (Opaje), a pedido da Secult, que também conta com a parceria da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), do Instituito Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFTO) e da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), com interveniência da Fundação de Apoio Científico e Tecnológico (Fapto).
Segundo a última apuração, realizada na manhã desta sexta-feira, 20, mais de 120 inscrições já foram concluídas, somando os editais de Culturas Indígenas, Culturas Quilombolas e Cultura Tradicional e Popular, que contemplam os povos originários e tradicionais, foco das equipes que estão em campo.
Noêmia Ribeiro da Silva, conhecida popularmente como Dotôra, é figura popular na cultura tocantinense. Moradora do povoado Mumbuca, na região do Jalapão, ela destaca a importância do processo de busca ativa, já que as equipes chegam às comunidades oferecendo informações sobre as oportunidades abertas. “É importante chegar até aqui para a gente conhecer esse projeto. A gente agradece muito pela disposição”, disse.
“É importante que essa ação esteja no quilombo, dando oportunidade aos mestres de se cadastrar e concorrer a esse valor em dinheiro e valorizar a cultura local, porque quando esses mestres têm a oportunidade e quando uma secretaria entende que precisamos de pessoas para ajudar na construção da inscrição, a gente entende que a continuidade vai ter, porque os mestres precisam ser fomentados com seus saberes, essa cultura e esse legado. Para nós é histórico”, concluiu a artesã e pesquisadora Sirlene Matos.
Desde o dia 13 de setembro, quando as equipes começaram o percurso, foram visitadas comunidades e aldeias nos municípios de Natividade, Silvanópolis, Chapada de Natividade, Mateiros, Maurilândia, Itacajá, Goiatins, Cachoeirinha, Sandolândia, Tocantínia, Araguaína, Lagoa do Tocantins, Monte do Carmo, Jaú do Tocantins e Muricilândia (onde equipe realiza o trabalho neste sábado, 21), além do povoado São José, localizado na região do Bico do Papagaio.
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