O presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), prefeito de Cristalândia, Big Jow, prevê que diversas prefeituras do Tocantins promoverão nas próximas semanas demissões em massa, além do corte de despesas como gratificações, diárias, contratos, entre outras, resultado das frequentes quedas de receitas dos Municípios neste terceiro trimestre de 2025.
“As receitas estavam dentro da média prevista no primeiro semestre, mas nos últimos meses reduziram drasticamente. Os custos e despesas passaram a ser maiores que a receita, e em situações como essa o gestor precisa adotar medidas drásticas, impopulares, em busca do equilíbrio financeiro, sem prejudicar a oferta de serviços públicos. As cidades grandes estão tomando medidas amargas e as pequenas também terão que adotar”, disse Big Jow.
As prefeituras de Palmas e Paraíso do Tocantins têm adotado medidas voltadas ao controle de gastos e à busca por equilíbrio financeiro diante da queda nas receitas municipais. Entre as principais ações estão o contingenciamento de despesas, a redução de contratos e cargos comissionados, além da priorização de investimentos essenciais, como saúde, educação e infraestrutura básica. As gestões também têm buscado aumentar a eficiência da arrecadação própria e revisar contratos e convênios, com o objetivo de garantir a continuidade dos serviços públicos e preservar a responsabilidade fiscal.
Em Porto Nacional, diante de uma queda de cerca de R$ 7 milhões nos cinco primeiros meses do ano, foram anunciadas exonerações, demissões de contratados temporários, cortes de salários de comissionados, redução de contratos de fornecimento, contenção de gastos de custeio, leilão de bens inservíveis, além de pedido de empréstimo para garantir compromissos em andamento sem prejudicar serviços básicos.
No Tocantins, cerca de 120 prefeituras custeiam serviços e produtos por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que apresentou quedas nos últimos repasses. “O primeiro decêndio de outubro veio com queda nominal de 6,12% e o último decêndio de setembro, queda de 3,86%. As receitas caem e as despesas sobem, e no fim do mês a conta não fecha. No ano passado, 54% das prefeituras fecharam as contas no vermelho. A solução é cortar na carne, reduzir despesas, e infelizmente, exonerar servidores”, finaliza o presidente da ATM.