O Dia Mundial Sem Tabaco, 31 de maio, foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e serve de marco para realização de atos de conscientização sobre os malefícios do consumo do tabaco e seus derivados. Este ano a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) enfatiza em sua campanha que o tabagismo é prejudicial ao planeta. Cerca de R$125.148 bilhões são gastos no mundo com os custos dos danos produzidos pelo cigarro no Sistema de Saúde e na economia.
O tabagismo é o ato de se consumir cigarros ou outros produtos que contenham tabaco, cuja droga ou princípio ativo é a nicotina. A fumaça do tabaco contribui para aumentar os níveis de poluição do ar e contém três tipos de gases de efeito estufa, além do cultivo, fabricação e uso do tabaco envenenar a água, solo, praias e ruas da cidade com produtos químicos, resíduos tóxicos, incluindo micro plásticos, e resíduos de cigarros eletrônicos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia. O tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto deste produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.
O tabagismo causa cerca de 50 doenças diferentes, principalmente, as doenças cardiovasculares tais como: a hipertensão, o infarto, a angina, e o derrame. É responsável por muitas mortes por câncer de pulmão, de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga e pelas doenças respiratórias obstrutivas como a bronquite crônica e o enfisema pulmonar.
O tabaco diminui as defesas do organismo e com isso o fumante tende a aumentar a incidência de doenças como a gripe e a tuberculose. O tabaco também causa impotência sexual.
História
O Brasil iniciou o trabalho de controle e combate ao consumo do tabaco em 1970, e no ano de 1986 foi criado o Programa Nacional de Combate ao Fumo (PNCT), desde esta época o país realiza ações de promoção e controle junto aos Estados e Municípios.
O PNCT articula a Rede de Tratamento do Tabagismo no SUS, o Programa Saber Saúde nas Escolas, as Campanhas e outras ações educativas e a Promoção de Ambientes Livres do Tabaco.
“No Tocantins o PNCT foi implantado em 1999, e no decorrer destes 23 anos o Programa vem fortalecendo a parceria entre a equipe nacional, coordenada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), e as coordenações municipais. Atualmente, o Estado possui 152.103 pessoas fumantes. E conta com 60 municípios participantes do Programa Nacional de Controle do Tabaco. São 120 unidades de saúde que ofertam o tratamento ao tabagista, já foram atendidos 1.481 homens e 1.698 mulheres. A população interessada em parar de fumar tem todo um apoio multiprofissional e medicamentoso”, disse a coordenadora do PNCT do Tocantins, Andréa Cristina Alves da Silva.
De acordo com a responsável técnica do Programa Saber Saúde nas Escolas do Tocantins, Nicéa Maria Ferreira Ribeiro, “o Programa trabalha de forma preventiva o tabagismo e outros fatores de risco e doenças crônicas não transmissíveis no ambiente escolar”, disse.
Este Programa no decorrer dos 23 anos do PNCT no TO já capacitou e certificou mais de 1.100 profissionais nas unidades escolares dos municípios das 08 Regiões de Saúde.
O tratamento do Tabagismo no SUS é realizado nas Unidades Básicas de Saúde e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) dos municípios, nesses 23 anos do PNCT foram capacitados e certificados mais de 1.550 profissionais da área da saúde em 60 municípios. Somando um total de profissionais capacitados e certificados aptos a atenderem a população cerca de 2.650.
Programação
Vários municípios estão fazendo eventos em alusão ao dia 31 de maio – Dia Mundial sem Tabaco são eles: Paraíso do Tocantins que trará exposição de banners em escolas e Unidades Básicas de Saúde (UBS), Tabocão que realizará palestras e exposição nas escolas e UBS. Já Arapoema fará um trabalho nas UBS com exposição de cartazes.
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