Um major da Polícia Militar do Rio de Janeiro é investigado por agredir uma funcionária doméstica, após a mulher se atrasar 20 minutos para o serviço. A Corregedoria da instituição afirmou que abriu um inquérito para apurar o caso.
Imagens da câmera de um elevador do prédio do policial, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade, flagraram o militar Bruno Chagas, sem uniforme, desferindo um tapa no rosto da funcionária Patrícia Peixoto, 33.
“Eu cheguei 20 minutos depois do meu horário. A mulher dele me questionou e logo atrás veio ele. A discussão aumentou e quando resolvi deixar o local, fui xingada e agredida”, conta.
Patrícia contou ainda que o ex-patrão entrou no elevador com ela, com o objetivo de retirar os pertences da esposa dele, que estavam no carro da funcionária. O veículo estava emprestado desde maio ao casal.
“Falei que ia embora, mas que ia levar o meu carro que estava emprestado com eles, pois o deles deu problema. Quando o elevador desceu, saí pedindo ajuda e uma vizinha me colocou para dentro”, afirmou. Patrícia só deixou o apartamento da vizinha após a chegada do marido dela.
O caso ocorreu na segunda-feira (18) e foi registrado na Delegacia do Recreio dos Bandeirantes. As imagens da câmera de segurança do elevador foram obtidas pela Polícia Civil do Rio que investiga o caso.
Câmeras de Segurança
O circuito interno de segurança mostra o PM entrando no elevador acompanhado de Patrícia às 10h17. Ele aparece nas imagens com o dedo em riste.
Os dois discutem no elevador e a funcionária se afasta. Posteriormente, o PM se aproxima da mulher com o dedo voltado para o rosto dela. Patrícia afasta o ex-patrão e pede para que ele retire o dedo de seu rosto. Ele acaba a agredindo com um tapa no rosto. A mulher tenta revidar.
A ex-funcionária contou que tem dormido com medo de uma retaliação. O advogado da funcionária vai pedir uma medida protetiva contra ele. Patrícia chegou na casa da família do policial em janeiro, depois de ser demitida de uma empresa onde trabalhou por dois anos como arrumadeira. Ela foi indicada para a casa do PM por uma conhecida em comum.
Em nota, a PM informou que a Corregedoria da corporação já está com as imagens que mostram a agressão e afirmou que foi aberta uma investigação sobre o caso.
O policial disse que, por orientação de seus advogados, não vai comentar o caso. O major ainda não teve acesso aos autos do inquérito. ( Uol Notícias)
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