Protocolada na manhã desta segunda-feira, 25 de abril, a defesa do pré-candidato a governador pelo PL, Ronaldo Dimas, sustenta que o vídeo atacado pelo governador Wanderlei Barbosa (PRB) traz fatos reais, não tem ataques pessoais e apenas retrata a realidade da política no Tocantins.
“Ora, é inverídico que foram eleitos no mesmo grupo político? É inverídico que o Ex-Governador está sendo investigado, foi afastado pelo Poder Judiciário e recentemente renunciou ao mandato? Obviamente que não, pois são fatos públicos e notórios. Ambos foram eleitos não só na eleição ordinária de 2018, mas também na suplementar, DEMONSTRANDO UMA COESÃO DE GRUPO E POLÍTICA”, destaca a peça jurídica.
No final da semana passada, uma decisão liminar (provisória), atendendo pedido de Wanderlei Barbosa, determinou que Dimas tire o vídeo das suas redes sociais. Com a defesa protocolada, agora o caso será julgado pelo pleno TRE-TO (Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins).
O vídeo é uma sátira na qual dois personagens, um identificado como “líder” e outro como “liderança”, têm um diálogo sobre a situação política no Tocantins. Na conversa, o líder tenta convencer a liderança a buscar apoio para reeleger o atual governador. Surpreendida, a liderança questiona: “Uai, mas esse não era o vice do governador que foi afastado, investigado e renunciado que a gente apoiou?”. Líder insiste, dizendo que o governador é do mesmo grupo, mas será passado para a população um quadro diferente.
Na peça jurídica, Dimas relaciona jurisprudência que afirma não existir propaganda eleitoral negativa no caso concreto. Além disso, o recurso lembra que em nenhum momento há inverdades no vídeo. A defesa está repleta de notícias publicadas na imprensa do Tocantins, inclusive do próprio TRE-TO, que mostram a ligação do ex-governador Mauro Carlesse com Wanderlei Barbosa.
Eleito em disputa suplementar em 2018 e reeleito vice-governador em eleição ordinária logo depois, sempre ao lado de Carlesse, Wanderlei Barbosa assumiu interinamente o cargo em outubro do ano passado após afastamento do titular. Em março de 2022, tomou posse definitivamente no posto, pois Carlesse renunciou.
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